27/01/2012

Maturidade ou crise dos 30?


Em muitas vezes, me pego a pensar sobre o trajeto que tenho feito na vida e a pergunta que sempre me vem à tona é: quando e onde começa tal maturidade? Será que este estágio (ou status?) é igual pra todo mundo?

No auto dos meus 30 anos me bate uma tremenda angústia. Há tanta expectativa quanto desânimo em relação a muita coisa. Será que encontrarei as respostas? Gostaria de poder ao menos levar a vida de forma leve, com calma, fazendo apenas o possível e necessário e ficar bem e seguir com a vida.

Quantas reflexões feitas, quantos rompimentos aproximações, gestos de toda sorte em busca de um equilíbrio que ainda não veio. Quantas voltas ao mundo terei de dar para que eu finalmente encontre a tal sincronia das coisas?

Tanta coisa pra se viver e a vida vai me parecendo cada vez mais corrida, mais curta e exigente. Já eu, cada dia me perdendo em descréditos com a sensação de ter sido toda a minha vida “só um rascunho” até agora.

Já experimentei tanta coisa, neguei tantas outras, vivi de tudo um pouco. Talvez eu tenha experimentado algumas coisas cedo e em quantidade demasiadas para alguém da minha idade. O contrário também é verdade: há coisas das quais eu já deveria ter dado conta e não vejo nem por onde começar.

Se essa for a tal crise dos 30, eu até concordo, desde que daqui por diante eu tenha mais traquejo com as coisas da vida. E vamos em frente.

4 comentários:

  1. Aos 30 eu tinha alguns punhados de urgências, uma ou duas revoluções a realizar, e o tempo me parecia tão escasso...
    Aos 50, é o mundo que anda cada vez mais apressado. Mas já consigo perceber que as urgências podem ser adiadas em favor de outras coisas mais importantes, em favor de pausas. As revoluções não asseguraram melhores dias. Por isso, dedico-me mais a alquimias interiores, e poesias quotidianas. Ainda e assim, perguntas e angústias fazem parte dos fios com que teço os dias...
    Tempo rei, oh, tempo rei...
    Um abraço carinhoso, Agno!

    ResponderExcluir
  2. Alice, querida, muito obrigado por sua participação sempre por aqui! Abração!

    ResponderExcluir
  3. Sabe o que a vida me ensinou nesses 40 anos, que não vale muito sofrer e julgar maturidade, sucesso, aquisições, ao menos para mim. De alguma forma aprendi a valorizar pessoas, momentos, amigos e quem mereça. Menos é mais. Abraços e carinho valem muito, respeito e verdade valem muito mais, e por aí. Acho que as pessoas estão ficando muito iguais e os parecidos precisam se encontrar... se valorizar. A tal maturidade não existe... existe a paz interior, quando você se encontrar de verdade, encontrará ela. Acho que é isso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. então, Raí....acho que é um pouco por aí mesmo: não há fómula exata. Tudo que podemos fazer é repstar atenção nessas pequenas coisas, encontrar a leveza da vida e seguir arendendo...

      Excluir

comente aqui