Em muitas vezes, me pego a pensar sobre o trajeto que tenho feito na vida e a pergunta que sempre me vem à tona é: quando e onde começa tal maturidade? Será que este estágio (ou status?) é igual pra todo mundo?
No auto dos meus 30 anos me bate uma tremenda angústia. Há tanta expectativa quanto desânimo em relação a muita coisa. Será que encontrarei as respostas? Gostaria de poder ao menos levar a vida de forma leve, com calma, fazendo apenas o possível e necessário e ficar bem e seguir com a vida.
Quantas reflexões feitas, quantos rompimentos aproximações, gestos de toda sorte em busca de um equilíbrio que ainda não veio. Quantas voltas ao mundo terei de dar para que eu finalmente encontre a tal sincronia das coisas?
Tanta coisa pra se viver e a vida vai me parecendo cada vez mais corrida, mais curta e exigente. Já eu, cada dia me perdendo em descréditos com a sensação de ter sido toda a minha vida “só um rascunho” até agora.
Já experimentei tanta coisa, neguei tantas outras, vivi de tudo um pouco. Talvez eu tenha experimentado algumas coisas cedo e em quantidade demasiadas para alguém da minha idade. O contrário também é verdade: há coisas das quais eu já deveria ter dado conta e não vejo nem por onde começar.
Se essa for a tal crise dos 30, eu até concordo, desde que daqui por diante eu tenha mais traquejo com as coisas da vida. E vamos em frente.