No meu sonho, de madrugada, vejo uma mulher forte, porém de aparência cansada. Uma mulher que se equilibra sob o peso dos dias infinitos a espera de alguém que não chega.
A mulher que me cega com seu olhar, parece me conhecer bem mais do que eu a mim mesmo. Parece saber melhor que eu o motivo de passar repetidas vezes por aquele lugar.
Mesmo na sua infinita solidão, ela parece deter a verdade das minhas andanças e o porquê de tanto eu errar nas proximidades onde a sua vista alcança.
A mulher do meu sonho prepara, todos o finais de tarde, os seu melhor banquete e fica à espreita, como os pratos sobre a mesa da varanda, em silêncio.
Em sonho, reparo pelo caminho, esta mulher solitária, numa casa grande que parece pertencer a uma grande e milenar propriedade, já cansada de suas esperas.
Com a sensação de passar por mil vezes pelos mesmos caminhos e nada saber dali, de repente vejo a mulher se levantar e pedir para que eu entre e lhe prepare um café.
Acordo e vejo que já é madrugada, quase de manhã, com as perguntas que sei, não deixarão que eu volte ao sono: quem era aquela mulher dos meus caminhos...?
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