24/02/2012

Perto



Depois de percorrer longos caminhos a procura daquilo que seria o ultimo sinal, a ultima fagulha daquele que era seu maior companheiro; aquele que tanto o ensinara; que todos os dias lhe apontava motivos para se acordar e embarcar com a vida numa nova empreitada; que estava sempre ao seu lado lhe ensinando a ser corajoso, mas acima de tudo, respeitando os seus limites; aquele que era o melhor amigo, conselheiro, o mestre incentivador...

Foram muitas as investidas e estratégias traçadas de forma bem metódicas,seguidas à risca, numa busca interminável. Muitas viagens feitas para encontrar pessoas, ouvir as suas estórias de vida, suas perdas, suas alegrias, enfim... portas lhe foram fechadas e outras abertas. Mal sabia que as maiores descobertas já estavam sendo feitas pelo caminho...

Os caminhos foram bem diversos assim como as descobertas. Sozinho ou acompanhado. Percorrera lugares dos mais variados possíveis, dignos de todos os adjetivos hiperbólicos possíveis, numa caçada quase sem fim.

Junto com o personagem nos vem perguntas como: onde estaria a felicidade? Longe ou perto? Com exageros ou não? Será que estamos sozinhos na vida, sem ninguém a nos acompanhar pelo caminho? São perguntas que ficaram no ar... as respostas talvez venham aos poucos, embrulhadas de sutileza e encanto.

consideração sobre filme "tão forte e tão perto"

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06/02/2012

Eu, mutante...

   "Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros foram."   Alexandre Graham Bell.
 
Tenho mudado muito. Minha vida tem divagado por aí em mudanças intermináveis. Todo dia eu acordo como se a vida fosse um papel branco a ser preenchido e a tarefa mais difícil é descobrir as nuances corretas para que cada dia seja de serenidade ou que ao menos eu cumpra ao esperado.


Já morei em tantas casas, frequentei tantos lugares , onde deixei sempre um pouco de mim. Deixo migalhas silenciosas por onde passo. Sou eu a incompletude errante dos dias sem fim. Dou o que não tenho em troca do que não me completa. E sigo.

Já mudei tanto de ideias, venci preconceitos, adquiri outros; mudei de amigos, de emprego, de vontades, meu gosto por música, por cinema, comida.

De tanto mudar bruscamente, sem planos definidos e sem metas, acabei me perdendo pelos caminhos. Com medo de ficar só, à beira da estrada, vou pedindo carona aos que me transitam, muitas vezes “só para não me sentir tão só.”

Já encontrei algumas paragens, sem dar a elas o seu devido valor. Talvez o que eu mais quero é encontrar o meu lugar. De tanto querer, me prendo ao chão que piso,  por medo de procurar, de continuar eternamente cigano pela vida. Vai saber.

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